segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Atrasos nas perícias médico-legais são “mínimos”, diz Duarte Nuno Vieira

O Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) tem uma taxa de atrasos nas perícias que “é mínima” e “muito abaixo da média internacional”, de acordo com o presidente deste organismo.

Duarte Nuno Vieira salientou que “em 2009 tivemos uma taxa de dois por cento de atrasos, o que é normal, está dentro dos parâmetros internacionais”, sendo que também os número de 2010 apontam no mesmo sentido.
“Existirão sempre atrasos pontuais, mas devido a condicionalismos que não podemos ultrapassar, como nos casos de amostras contaminadas, em que é necessário mais tempo”, explicou Duarte Nuno Vieira.
Duarte Nuno Vieira exemplificou com o caso Maddie, no Algarve, em que “um outro instituto de renome internacional demorou sete meses a realizar uma perícia, o que se acontecesse com o Instituto Nacional de Medicina Legal, "caía o Carmo e a Trindade".
“Em 2009 nós fizemos 183 mil perícias, das quais apenas cinco por cento autópsias, em que houve atrasos apenas em dois por cento dos casos”, de acordo com o mesmo responsável, explicando que “atrasos verificam-se quando decorrem mais de 90 dias entre a realização da perícia e a entrega do respectivo relatório”, salientou ainda o catedrático Duarte Nuno Vieira.
“Há exames que pela sua própria natureza demoram algum tempo mais, como por exemplo um exame toxicológico, que tem várias fases, pelo que não se pode aligeirar as coisas, já que as perícias têm o seu tempo próprio”, acrescentou Duarte Nuno Vieira, que há nove anos dirige o INML, sedeado em Coimbra.
Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal

Sem comentários:

Enviar um comentário